sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

"Eu não gosto do bom gosto Eu não gosto de bom senso Eu não gosto dos bons modos Não gosto Eu aguento até rigores Eu não tenho pena dos traídos Eu hospedo infratores e banidos Eu respeito conveniências Eu não ligo pra conchavos Eu suporto aparências Eu não gosto de maus tratos Mas o que eu não gosto é do bom gosto Eu não gosto de bom senso Eu não gosto dos bons modos Não gosto Eu aguento até os modernos E seus segundos cadernos Eu aguento até os caretas E suas verdades perfeitas O que eu não gosto é do bom gosto Eu não gosto de bom senso Eu não gosto dos bons modos Não gosto Eu aguento até os estetas Eu não julgo competência Eu não ligo pra etiqueta Eu aplaudo rebeldias Eu respeito tiranias E compreendo piedades Eu não condeno mentiras Eu não condeno vaidades O que eu não gosto é do bom gosto Eu não gosto de bom senso Não, não gosto dos bons modos Não gosto Eu gosto dos que têm fome Dos que morrem de vontade Dos que secam de desejo Dos que ardem"

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Um pouco de mim, um pouco de você...

OI!!! Bom meu nome é Mila. Resolvi fazer um blog, eu ainda não descobri qual vai ser a utilidade dele, mas eu pensei em primeiro me apresentar, sou uma garota meio difícil de conviver, ainda não descobri qual a minha finalidade nesse mundo, é que penso que não pertenço a ele, eu acho que você que vai ler isso também já se sentiu assim um dia. Na verdade, livros, músicas e animais me entendem, enquanto pessoas eu acho que não. Não gosto de padrões, de normas impostas, gosto de fazer o que eu quero, o que me faz bem e feliz, por outro lado gosto de impor e que seja no momento exato. Desde pequena tento ser durona, e todos me dizem que pareço ser mais velha, mesmo eu tentando parecer mais nova e querer fazer coisas loucas. E nunca, em momento algum me proíba de fazer algo, isso só piora a situação. Rotina, essa é uma palavra que nunca me atraiu, tenho medo de chegar aos meus 50, 60 anos e olhar pra trás e ver que não deixei nenhuma marca e que todos os meus dias ate aquele exato momento, não tiveram nenhuma faísca, nem um frio na barriga, ou pernas bambas. Sou orgulhosa, mas eu penso que não é orgulho e sim medo de me enganar novamente, e dar de cara com o mesmo erro, às vezes me afasto para ver se vale a pena, às vezes luto bastante pelas pessoas, mas chega uma hora que já era e você me perde. Não trato ninguém diferente sem um motivo, cada pessoa ao meu redor tem de mim o que merece. Assim como dizia William Shakespeare: “Para algumas pessoas eu não mostro nem metade do que realmente sou. Não por medo, mas por não valer a pena mesmo.” Tenho poucos amigos, mas você pode ter certeza que com estes poucos, passei momentos intensos e que serão lembrados para sempre, cheio de alegrias, ah alegrias!!! E brigas, brigas essas que não passam de meros detalhes superficiais. Tive amores, amores que eu achei que fosse morrer, e que cada vez que eu chorava como louca no travesseiro, eu via que mais um dia se passava e eu ainda tinha oxigênio, então descobri que ninguém morre de amor, isso só é uma lenda que os poetas ou os românticos colocaram na sua cabeça. Pensei em não falar da família, mas ai eu não seria normal como você que esta lendo, eu tive uma mãe que não me entendia e que não me deixava sair com a galera legal para onde seria a melhor balada do mundo, depois de velha eu descobri que todo dia existe uma balada e todas são iguais. Tive um pai que sempre quieto dizia para eu pedir para minha mãe, aquilo para mim era um martírio, porque eu sabia a resposta dela. Não me esquecendo do irmão caçula que sempre queria brincar comigo nas horas menos indesejáveis, para mim era sempre, e que me dedurava da coisa mais tosca que eu estivesse fazendo. Resumindo eu tenho uma família normal, e mesmo assim diferente de qualquer outra, porque quando chorei ou sorri, eles estavam ali, do meu lado. As vezes, eu penso que a minha vida é tão intensa e cansativa, porque todo dia eu tenho um problema meu para resolver, ou o problema de alguém, ai descobri que estou vivendo e que se minha vida fosse aquela rotina, eu nunca seria feliz, ou nunca teria vivido.